Festas e romarias
- Festa Anual de Campelos (1.º fim de semana de outubro)
- Círio em honra de Nosso Senhor dos Aflitos ao senhor Jesus do Carvalhal (1.º domingo de outubro) -Campelos
- Santo António, Padroeiro da Paróquia de Campelos (13 de junho) – Campelos
- Nossa Senhora da Assunção (15 de agosto) – Cabeça Gorda
- Sagrada Família (3.º fim de semana de setembro) – Casal das Giestas
- Sebastião (último fim de semana de outubro) – Casalinho das Oliveiras
- Nossa Senhora Rainha do Mundo (maio) – Outeiro da Cabeça
- Rainha Santa Isabel (agosto) – Outeiro da Cabeça
- S. Miguel (agosto) – Outeiro da Cabeça
Círio ao Bom Jesus do Carvalhal
O Círio de Campelos ao Senhor do Carvalhal, iniciou-se em 1856 após o segundo surto de cólera resultado de uma promessa feita pelo povo de Campelos que sobreviveu à trágica e agressiva doença que se espalhou em Portugal no século XIX. Este hábito foi passando de geração em geração chegando até aos dias de hoje. Mas só com o Padre José Paula se inicou o hábito de levar um Círio (vela) nesta romaria, devido ao apelo do Pároco do Carvalhal que chamou a atenção para o facto de ter sido o Círio a dar o nome à Romaria.
No Círio de Campelos há sempre uma criança que se veste de anjinho e canta a Loa, na partida e na chegada de Campelos e na chegada e na partida do Santuário. A Loa de Campelos é a seguinte:
Para além do Anjinho, participa também no Círio o juiz da festa que transporta consigo a bandeira em honra do Senhor dos Aflitos. Este pendão passa de mão em mão todos os anos. No final de cada Círio é nomeado um novo juiz, que no ano seguinte transportará consigo a bandeira. Para além do juiz, participa também o guião do Senhor dos Aflitos que é levado pelo juiz do ano seguinte. A Romaria festeja-se no 1º Domingo de Outubro. Na Cabeça Gorda o Círio realiza no 2ª Domingo de Outubro.
Textos adaptados do livro “Memória e História da Paróquia de Campelos”, do blogue “terras Campelo”, ambos da autoria de José Damas Antunes e do site da Paroquia de Campelos, www.paroquiacampelos.pt
Feira anual de Santiago
Decorria o ano de 1948, no dia 2 de Junho a Junta de Freguesia de Campelos anuncia que passa a realizar-se uma feira anual nos dias 25 e 26 de Julho de cada ano, e assim aconteceu consecutivamente durante 72 anos, tendo sido interrompida nestes últimos anos devido ao surto de Covid-19.
“Nos dias 25 e 26 de Julho de cada ano, a Junta de Freguesias de Campelos, faz público que, em sua reunião, deliberou criar uma feira anual de géneros, mercadorias e toda a espécie de gados, num amplo campo desta localidade.
Haverá prémios pecuniários para os proprietários de gados mais classificados.
Convidam-se, por isso, os proprietários, mercadores, negociantes e todas as pessoas a quem interesse, para a ela concorrerem.
Mais se anuncia que, a Nova Feira terá início no dia 25 do próximo mês de Julho de 1948.
Para constar se passou o presente e outros de igual teor, que serão afixados nos lugares públicos do costume.
Sala das sessões da Junta da Freguesia de Campelos, 2 de Junho de 1948”.
Textos e Edital adaptados do livro “Memória e História da Paróquia de Campelos”, do blogue “terras Campelo”, ambos da autoria de José Damas Antunes e do site da Paroquia de Campelos, www.paroquiacampelos.pt
Serrança das Velhas
A Serração da Velha, ou Serração das Velhas é uma manifestação popular muito antiga neste lugar, ocorre na noite da 3ª Quarta Feira da Quaresma, percorrendo a localidade, indo à porta da família que foi avó pela primeira vez, desde a serração do ano anterior. Em Campelos esta tradição parou durante alguns anos, mas foi retomada, há cerca de 20 anos, pelos dirigentes da ASOCA – Associação de Solidariedades Social e de Socorros de Campelos, em colaboração com outras pessoas da comunidade, que ano a ano fazem o levantamento dos nascimentos que vão ocorrendo e anotando quem é avô pela primeira vez. À porta dos novos avós, que recentemente entraram no rol dos velhos, cantam em choradeira, fazem o testamento, distribuindo os bens da família, tudo em grande algazarra, com sons imitando o serrote a cortar madeira e outras sonoridades ruidosas, de modo a acordar os da casa, que teoricamente não sabem desta visita surpresa, e na verdade são poucos os que sabem previamente, pois tudo é combinado em sigilo. Mas há sempre alguém que sabe, ficando reservado para o final da ronda, que termina tarde, e este último a ser visitado prepara uma mesa com comes e bebes, para reconfortar o esforço da cantoria, e da caminhada.
Textos adaptados do livro “Memória e História da Paróquia de Campelos”, do blogue “terras Campelo”, ambos da autoria de José Damas Antunes e do site da Paroquia de Campelos, www.paroquiacampelos.pt
Comadres e Compadres
Tradição antiga em que no início da Quaresma um rapaz abordava uma rapariga para ser sua comadre, por vezes já com o intuito de a partir dai iniciar namoro com esta, entre os dois havia um “contrato”: “Contratar, contratar, mandar rezar 3 vezes ao dia, Pai Nosso, Avé Maria”. Com o acordo aceite passava a haver uma disputa entre eles, durante a quaresma ambos tentavam conseguir ser o primeiro a ver o outro e dizer “reza”. No fim da Quaresma, na Quinta Feira Santa o rapaz dava à rapariga amêndoas, e esta dava ao rapaz um folar com ovo. Nos últimos anos faziam-se listas de Comadres e Compadres, por sorteio com os nomes dos jovens solteiros, em idade de namorar. A listagem era realizada, por um grupo de jovens, no início da Quaresma e afixada em local público onde ao Compadre (rapaz) correspondia uma Comadre (rapariga), e modo de actuar era similar. Alguns casamentos tiveram origem nestes “contratos” Esta tradição caiu em desuso, e já não se realiza há uns 25/30 anos.
Textos adaptados do livro “Memória e História da Paróquia de Campelos”, do blogue “terras Campelo”, ambos da autoria de José Damas Antunes e do site da Paroquia de Campelos, www.paroquiacampelos.pt
Memórias do passado
A primeira memória publicada é recente. A 31 de janeiro de 2020, foi publicado no Jornal Badaladas um suplemento muito interessante sobre a localidade de Campelos. Este suplemento foi realizado pela Associação para a defesa e divulgação do Património Cultural de Torres Vedras. Nele podemos encontrar temas como as origens, os fatores de desenvolvimento, o Património e os costumes e tradições desta localidade.